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O Fundo Monetário Internacional (FMI) emitiu nesta segunda, dia 22, alerta sobre a ameaça à estabilidade econômica do Afeganistão que o lucrativo tráfico de ópio representa.
Segundo a entidade, as plantações de papoula, matéria-prima do ópio, deveriam ser destruídas para evitar que o país se transforme em um Estado narcotraficante dirigido por criminosos poderosos. Em sua primeira avaliação plena da economia afegã em 12 anos, o FMI disse que o ópio (do qual se faz a heroína) respondia por cerca de 40% a 50% da economia do Afeganistão.
Recentemente, a violência nas áreas de plantio do sul tem aumentado. A polícia acusa o grupo Talibã de tentar retomar o controle sobre as plantações, que rendem cerca de US$ 2,5 bilhões por ano. Quando no poder, o grupo islâmico chegou a proibir o plantio da papoula.
– Teremos de prestar muita atenção nessa área – afirmou Adam Bennett, o chefe da missão do FMI para o Afeganistão, durante encontro em Dubai (Emirados Árabes Unidos) entre autoridades do Fundo e do Banco Mundial.
O comércio do ópio cresceu no país no começo dos anos 1980, depois de a Turquia, o Paquistão e o Irã terem proibido a produção da planta, elevando o preço da droga nas ruas. Entre 1994 e 2000, a produção média do Afeganistão ficou em torno de 3 mil toneladas por ano e as plantações de papoula cobriam menos de 1% das terras aráveis do país.
Sobre as doações prometidas ao Afeganistão, Bennett afirmou não ter visto sinais de abandono do país pela comunidade internacional, apesar de a atenção do mundo ter se voltado recentemente para o Iraque. O governo afegão revelou no domingo, após uma reunião entre países doadores, que havia obtido mais promessas de envio de dinheiro.
Com informações da agência Reuters
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