O presidente russo, Vladimir Putin, rejeitou nesta segunda, dia 29, o apelo da Organização das Nações Unidas (ONU) para marcar uma data para ratificar o tratado de Kyoto, afirmando que Moscou precisa de mais tempo para estudar o plano - que fracassará sem sua participação. A Rússia analisa o protocolo de Kyoto, de 1997, e Putin declarou que "o governo está estudando atentamente a questão".

– Isso é parte de um conjunto de problemas difíceis e que não estão claros. Uma decisão será tomada quando este trabalho for finalizado – declarou durante a abertura da Conferência de Mudança Climática Global, em Moscou.

Putin não estipulou prazos, mas disse que a Rússia é a favor da ratificação do protocolo de Kyoto o mais rápido possível. A confirmação de Moscou é essencial para que o pacto seja aplicado, já que os Estados Unidos retiraram-se do plano em 2001. Nas últimas semanas, a Rússia pediu garantias de benefícios econômicos para sustentar seu apoio.

O pacto de Kyoto procura controlar as emissões de gases poluentes, como o dióxido de carbono, por fábricas e carros. Esses gases são responsabilizados por provocar o aumento das temperaturas, de enchentes e de secas. O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, em mensagem à conferência, exortou a Rússia a aprovar o pacto, que chamou de "primeiro passo vital para lidar com os desafios mundiais do aquecimento global".

O objetivo do protocolo de Kyoto é cortar as emissões de gases causadores do efeito estufa a 5,2% abaixo dos níveis de 1990 no período de 2008 a 2012.

As informações são da agência Reuters.