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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, saiu novamente em defesa da ação militar no Iraque, dizendo nesta quinta, dia 9, que ela protegeu os norte-americanos do "louco" Saddam Hussein.
– Agi porque não estava disposto a deixar a segurança do povo norte-americano nas mãos de um louco. Não estava disposto a ficar esperando e confiando na sanidade e moderação de Saddam Hussein – afirmou Bush em discurso em New Hampshire, Estado que no ano que vem dará a partida na série de eleições primárias.
– Quem poderia pensar que o mundo estaria melhor se Saddam Hussein ainda estivesse no poder?.
O discurso não trouxe novos argumentos, mas Bush e seus assessores devem passar os próximos dias repetindo insistentemente os antigos, para se defender das críticas de que o governo teria exagerado a ameaça representada pelo Iraque para justificar a guerra.
Bush discursou para soldados e reservistas da Guarda Nacional. Essa força já convocou cerca de 200 mil reservistas, que estão ajudando os militares no Iraque e em outros lugares do mundo.
– Servir ao nosso país pode trazer sacrifícios, incerteza e separação. Agradeço às famílias de vocês – disse Bush.
Os parentes de alguns reservistas convocados criticaram muito o governo Bush por manter tantos militares tanto tempo longe de casa.
O discurso é parte de uma estratégia da Casa Branca para revigorar o apoio popular à guerra. Um pronunciamento pela TV e outro na ONU, ambos no mês passado, pouco serviram para isso.
Bush, que tem popularidade em declínio por causa dos problemas no Iraque e na economia, também está iniciando sua campanha pela reeleição. Apesar disso, assessores disseram que a visita desta quinta não é um ato eleitoral, embora seu discurso tenha se centrado justamente nos temas do Iraque e da economia, os que mais preocupam os republicanos nas eleições.
Bush repetiu a acusação de que Saddam Hussein possuía armas de destruição em massa, embora isso não tenha ficado provado no Iraque após a ocupação.
Em um anúncio eleitoral divulgado em New Hampshire nesta semana, o pré-candidato democrata à Presidência, John Edwards, criticou Bush por pedir ao Congresso " US$ 87 bilhões para serem gastos no Iraque, sem nenhum planejamento em vista".
– Bilhões de dólares entregues pelo presidente a seus amigos da indústria petrolífera, como a Halliburton. E nenhuma ajuda dos aliados que ele excluiu. Esta é a nossa América? – perguntou o senador Edwards. – Eu não darei a este presidente um cheque em branco.
Pesquisa CBS/New York Times, divulgada na semana passada, mostrou que 53% dos norte-americanos acham que a guerra no Iraque está saindo muito cara, embora cerca de metade dos entrevistados afirmem que valeu a pena depor Saddam Hussein.
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