O Figueirense perdeu por 1 a 0 para o Atlético Mineiro na noite desta quinta, dia 9, no Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis, pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, o alvinegro catarinense segue com 44 pontos na tabela de classificação e completa 53 dias sem ganhar em casa – a última vitória foi dia 16 de agosto sobre o Santos (1 a 0). Já o Galo, com o gol de Fábio Júnior, chegou a nove rodadas sem perder e soma agora 50 pontos. No próximo domingo, o Figueira recebe o Criciúma, enquanto o Atlético disputa o clássico mineiro contra o líder Cruzeiro.

O Figueira fez do experiente goleiro Velloso, de 35 anos, o melhor jogador em campo (com gramado em boas condições apesar da chuva que caiu nesta quinta) no primeiro tempo. Superior em toda a etapa, o time catarinense atacou sem abrir espaços para o contra-ataque, restando ao Galo a opção dos chutes de fora da área, mas levando pouco perigo ao gol de Édson Bastos. Do outro lado, porém, Velloso viu os adversários bem perto de marcar pelo menos seis vezes.

A primeira delas, uma bola na trave de Márcio Goiano, logo aos quatro minutos. Depois do escanteio cobrado por Fernandinho, o zagueiro mostrou categoria matando a bola com a canhota e escolhendo o canto com a direita. Aos 12, Triguinho recebeu dentro da área pela esquerda e foi até a linha de fundo, mas Velloso fechou o ângulo, o lateral preferiu tocar para trás. Sandro Gaúcho, pressionado por Scheidt, tocou fraco, e o goleiro do Galo ficou com a bola.

Aos 17, o alvinegro mostrou velocidade no contra-ataque. Sandro Gaúcho se livrou da marcação no meio-de-campo e iniciou a jogada. Triguinho recebeu, tabelou com Bilú e cruzou para William. O meia ajeitou de cabeça no segundo pau, Sandro Gaúcho escorou para trás, e Carlos Alberto pegou de primeira da entrada da área, mandando a bola por cima do travessão.

Velloso se destacou nas outras três grandes chances criadas pelo Figueira na etapa. Aos 36, ele saiu bem do gol e desviou o chute à queima-roupa de Fernandinho, que entrava pelo meio da área. Aos 43, outra defesa de Velloso em finalização de Fernandinho, que cabeceou fraco. Aos 46, William ganhou na corrida de Scheidt e penetrou na área pela direita, tocando no meio para Bilú: o meia bateu fraco, e Velloso, bem colocado, defendeu.

– Desde o ano passado não vejo o time fazer um primeiro tempo como esse – diria depois do jogo o técnico do Figueira Dorival Silvestre Júnior, à rádio CBN/Diário.

O segundo tempo começou com o Figueira assustando Velloso logo no primeiro muinuto. Márcio Goiano soltou a bomba em cobrança de falta da meia esquerda, a bola explodiu no peito do goleiro atleticano, e Cléber perdeu o gol chutando para fora no rebote.

Só que, aos 8, o Galo confirmou a velha máxima. O Figueira não fez e levou o gol na única vez em que o Galo chegou com perigo. Hélcio cruzou da esquerda, a bola passou por cima de três jogadores da defesa catarinense e encontrou Fábio Júnior, que, sozinho no segundo pau, tocou na saída de Édson Bastos.

Depois do gol, o Figueira acusou o golpe, mas o técnico Júnior só mexeu na equipe nove minutos depois, aos 17, substituindo Paulo Sérgio por Felipe Oliveira e recebendo as vaias da torcida. O treinador ainda trocaria Bilú por Danilo Santos e Jeovânio, que saiu contundido, por Luís Fernando, sem no entanto conseguir mudar o resultado.

Embora o Galo continuasse atacando pouco, mostrava segurança na defesa, enquanto o Figueira não conseguia impor o mesmo ritmo de jogo, veloz e vertical, do primeiro tempo. Os dois principais lances ocorreram perto do fim do jogo, quando o alvinegro catarinense pressionava em busca do empate.

Aos 36, Cléber foi ao ataque, passou por três, tabelou com Sandro Gaúcho dentro da área, mas pegou mal na bola e bateu para fora. Aos 41, William arriscou de longe e exigiu defesa de Velloso no ângulo direito.