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O chefe da agência nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU) declarou nesta segunda, dia 13, que é hora de os inspetores do órgão voltarem ao Iraque para terminar o trabalho de verificar se o país tinha armas de destruição em massa antes da guerra.
– É hora de os inspetores voltarem ao Iraque para completar seu trabalho, incluindo o estabelecimento de um sistema de monitoração de longo prazo para garantir que o Iraque não retome qualquer programa de armas de destruição em massa – afirmou Mohamed ElBaradei, chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
A alegação de que o Iraque teria reativado seu programa de armas nucleares, químicas e atômicas desde que os inspetores deixaram o país, em dezembro de 1998, foi a principal justificativa para a mais recente guerra no país.
Em um relatório, David Kay, chefe da equipe liderada pelos EUA que procura evidências das armas de Saddam Hussein no Iraque pós-guerra, observa que não foram encontrados estoques de armas. Mas ele diz que há "indícios da contínua ambição de Saddam de adquirir armas nucleares'' e outras armas de destruição em massa.
– Os testemunhos que obtivemos de cientistas iraquianos e de autoridades do governo deveriam esclarecer quaisquer dúvidas a respeito do desejo de Saddam de obter armas nucleares – disse Kay no relatório provisório enviado ao Congresso dos EUA.
Mas a AIEA lançou dúvidas sobre as declarações de Kay, afirmando que os testemunhos de cientistas iraquianos não deveriam ser considerados de confiança até que fossem confirmados por fatos – algo que Kay não tem. Um importante cientista citado por Kay foi morto por forças de ocupação em um incidente em Bagdá, o que significa que ele não poderá provar seus comentários.
A AIEA ainda não teve acesso ao relatório completo de Kay, mas suas declarações ao Congresso dos EUA confirmam as descobertas dos inspetores da ONU, segundo ElBaradei.
As informações são da agência Reuters.
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