| 26/02/2001 11h07min
Os documentos que incriminam Nei Machado e apontam seu envolvimento com o tráfico de drogas já foram encaminhados pela Polícia Federal, através da embaixada brasileira, ao governo colombiano. A medida tem como objetivo evitar que o gaúcho, acusado pela polícia brasileira de comandar o tráfico de cocaína, maconha, além da venda ilegal de armas no sul do país, seja solto antes do pedido de extradição ser aplicado. Ex-patrão de CTG em Passo Fundo, Nei Machado, conhecido como Pitoco, foi preso na última quinta-feira por militares do Exército e da Marinha Colombiana. O traficante gaúcho, foragido desde 1996, está detido num quartel do Exército daquele país, em Villavicencio, a 200 quilômetros da Capital Bogotá. Segundo o delegado Luiz Fernando Corrêa, chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal no Rio Grande do Sul, Nei Machado liderava um esquema de tráfico de drogas entre o Paraguai e a região de Passo Fundo. A droga vinha do Paraguai por avião, de caminhão ou automóvel. O gaúcho seria o responsável pelas operações de remessa de drogas e armas do Paraguai e da Colômbia para o território brasileiro. Nei Machado trabalhava como vendedor de carros usados em Passo Fundo. A polícia suspeita que a revenda de automóveis servia para lavagem do dinheiro obtido através do tráfico de cocaína, esquema que fornecia 300 quilos da droga por mês na região. Pelo menos dois mandados de prisão já foram encaminhados contra Nei Machado, emitidos pela Justiça Federal, em Passo Fundo, e um indiciamento feito pela CPI do Narcotráfico. Nei Machado está indiciado por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, crime organizado e formação de quadrilha.
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