| 17/10/2003 13h40min
Depois de conseguir o que queria – aprovação do novo projeto de resolução para o Iraque pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas – o presidente dos EUA, George W. Bush, comentou nesta sexta, dia 17, em visita ao Japão que a entidade é "velha e precisa ser reformada". As palavras do presidente foram reproduzidas por um alto funcionário do Ministério das Relações Exteriores do Japão. A declaração foi feita após Bush encontrar-se com o premiê japonês, Junichiro Koizumi.
O comentário teria sido feito quando Koizumi lhe perguntou sobre a possibilidade de utilizar melhor as Nações Unidas para difunfir os ideais de liberdade e justiça dos EUA.
Durante o encontro, Bush declarou ao primeiro-ministro japonês, Junichiro Koizumi, que os mercados devem determinar as taxas cambiais, em um aparente pedido para que Tóquio abandone os esforços para manter o iene fraco.
Bush não fez comentários públicos sobre a política do Japão de intervenção cambial para conter o recente avanço da moeda japonesa contra o dólar. Contudo, uma autoridade do governo norte-americano revelou a repórteres após a conversa entre os dois líderes que o presidente dos EUA "mais uma vez reiterou seu apoio a um dólar forte e taxas de câmbio determinadas pelo mercado.''
Koizumi não se comprometeu em relação à política cambial do país, dizendo apenas que medidas precisam ser tomadas para conter a volatilidade, disseram autoridades dos EUA e do Japão. Na véspera de ano de eleições, Bush enfrenta pressões de empresas norte-americanas para agir contra o que as companhias consideram políticas injustas de câmbio.
Tóquio gastou o recorde de 13,5 trilhões de ienes (US$ 123 bilhões) nos nove primeiros meses do ano para tentar conter o avanço da moeda japonesa contra o dólar. Recentemente o iene bateu a maior alta em três anos em relação ao dólar.
Fabricantes dos EUA afirmam que um iene fraco ameaça a competitividade de empresas norte-americanas no mercado japonês. O Japão, por sua vez, tem receios que um iene mais forte prejudique a recuperação da economia, por tornar as exportações mais caras.
As informações são da agência Reuters.
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