O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central inicia nesta terça, dia 21, mais uma reunião para definir a nova taxa de juros. A Selic, fixada mensalmente pelo Copom, está atualmente em 20%. A expectativa, tanto do mercado como do governo, é de que o Comitê defina, na quarta-feira, último dia da reunião, pela quinta queda consecutiva da taxa.

A redução dos juros é esperada no mercado financeiro. Em pesquisa semanal do Banco Central com 100 instituições, analistas e consultores, a expectativa é de que o Copom estabeleça a queda de um ponto percentual, para 19% ao ano.  Porém, uma diminuição de um ponto e meio não seria surpresa, e de dois pontos, considerada improvável.

Pesquisa feita pela Reuters junto a 20 economistas também mostrou que a maioria –13 analistas – espera uma redução de um ponto percentual nos juros esta semana. A taxa Selic atingiu o pico de 26,6% ao ano em fevereiro. Depois de manter os juros nesse patamar por três meses, o Copom começou a reduzir a taxa em junho, diante de sinais de arrefecimento da inflação.

Até o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, aguarda mais uma redução dos juros.

– Eu espero sim (que os juros caiam). À medida que o comportamento dos indicadores econômicos for favorável, os juros irão cair naturalmente. Neste ano, tudo evoluiu de maneira favorável para que os juros pudessem cair – afirmou o ministro.

Presente na solenidade em que o governo federal anunciou a unificação dos programas sociais, no Palácio do Planalto, Palocci, no entanto, não comentou o tamanho da queda. Ele deixou claro que a decisão sobre a queda ou não da taxa de juros é técnice e do Banco Central.

Um dia antes do início da reunião do Copom, o vice-presidente José Alencar também voltou a se manifestar sobre o juros altos no Brasil. Em mais um ataque contra as altas taxas cobradas, Alencar sugeriu qu etoda a sociedade não tome empréstimos ou contrate financiamentos em instituições financeiras até a redução das taxas.