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O senador Paulo Paim reiterou na manhã desta quarta, dia 22, em entrevista à Rádio Gaúcha, que se submeterá à vontade do Partido dos Trabalhadores de afastar dissidentes caso alguns pontos da reforma da previdência não sejam revistos. Na última segunda, dia 20, Paim comunicou à direção do PT sua vontade de deixar o partido se questões referentes à paridade salarial e reajuste das aposentadorias não fossem negociadas.
– Tenho deixado bem claro desde o início das discussões da reforma que não sou contra, mas que discordo de alguns pontos – declarou.
Paim propõe que a paridade atinja também os servidores que estão hoje na ativa, garantindo o mesmo reajuste nos vencimentos de aposentados e trabalhadores ativos.
Na semana passada, quando o PT fechou questão sobre o apoio à reforma da Previdência, o senador avisou que não poderia acompanhar o partido. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
preocupado com a possibilidade de afastamento do senador, pediu
ao ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, que conversasse com Paulo Paim sobre possibilidades de alteração no texto da reforma.
– Nunca votei contra o partido, nem me abstive, saí do plenário ou inventei uma viagem para não assumir a responsabilidade do voto. Por isso estou em busca de uma saída negociada. Tenho elogiado o governo de Lula, e concordo com o governo. Temos discordâncias pontuadas, e acredito que podemos construir um entendimento – afirmou o senador.
Embora alguns analistas políticos tenham afirmado que Paim está tentando firmar posição visando concorrer ao governo do Estado no Rio Grande do Sul nas próximas eleições, o senador garantiu que concluirá seu mandato.
– Meu mandato é de oito anos, cumprirei mandato de oito anos. Digo isso muito convicto.
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