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Seguranças da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, recomendaram a Sérgio Vieira de Mello que mudasse o local de seu escritório em Bagdá, mas ele recusou, revelou nesta quarta, dia 22, um relatório independente sobre o ataque que matou o brasileiro e mais 22 pessoas na sede da ONU no Iraque, em agosto.
Vieira de Mello, que era o enviado especial das Nações Unidas para a região, morreu sob os escombros de seu escritório, que dava para a rua e ficava no segundo andar. O ataque foi feito por um caminhão-bomba, que se chocou com o muro que cercava o complexo da ONU bem próximo à janela do escritório.
Segundo o relatório, elaborado pelo ex-presidente da Finlândia, Martti Ahtisaari, Vieira de Mello preferiu deixar que seu sucessor tomasse a decisão de mudar o local do escritório.
O relatório revelou também que algumas vidas poderiam ter sido poupadas se o sistema de segurança da entidade, considerado "falho" e "descuidado", tivesse feito alertas prévios e tivesse seguido suas próprias diretrizes.
– A principal conclusão do painel é de que o sistema atual de segurança é falho – disse Ahtisaari, no relatório.
A investigação confirmou que a ONU, como disseram autoridades norte-americanas, recusou a oferta feita pelos EUA para prover segurança para a entidade porque queria se distanciar das forças de ocupação. Segundo Ahtissari, a segurança estava a cargo de várias agências de ajuda humanitária e de dirigentes da ONU. Não se sabia direito quem respondia pelo quê, não havia uma cadeia de comando clara, faltava dinheiro, sobrava burocracia e existiam poucos profissionais para avaliar os dados recolhidos por serviços de inteligência. As informações são da agência Reuters.
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