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O chefe da Comissão Européia no Brasil, embaixador Alberto Navarro, admitiu nesta sexta, dia 24, a possibilidade de a América Latina ficar em segundo plano no ano que vem, quando 10 novos países serão admitidos na União Européia. As eleições norte-americanas, as trocas de comissários da UE e a reconstrução do Iraque podem ser outros fatores que desviarão os holofotes da América Latina no que se refere aos acordos diplomáticas e comerciais.
Defensor sem restrições do fortalecimento das negociações entre grandes blocos econômicos, Navarro diz que o país tem muito a expandir.
– Existe aqui um grande mercado consumidor e um bom Produto Interno Bruto, mas faltam acordos de livre comércio com grandes potências econômicas, pois esse é o caminho para o desenvolvimento dos povos.
Respondendo às críticas do governo brasileiro sobre os pesados subsídios e incentivos a agricultores e exportadores europeus, Navarro é enfático quando questionado sobre
o protecionismo.
– Temos o
comércio mais aberto do mundo, prova disso é que a União Européia é a maior importadora agrícola e, das compras que faz no Brasil, 60% entram em nosso território sem tarifação – afirma.
Embora o Brasil represente 1,7% do comércio da União Européia, o embaixador vê com preocupação o fato de o País haver reduzido em cerca de 10% o volume de compras. Navarro afirma que a balança comercial é favorável ao Brasil neste momento em mais de dois bilhões de euros. Segundo Navarro, esta situação é boa contabilmente, mas pode representar grandes perdas para o desenvolvimento brasileiro.
Exemplificando como o desempenho do País poderia ser melhor, Navarro citou o México que, apesar de ser um país em desenvolvimento como o Brasil, tem uma performance duas vezes melhor no mercado externo, por participar do Acordo de Livre Comércio da América do Norte, o Nafta.
Com informações da Agência Brasil
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