| hmin
Se o time sofre muitos gols, a defesa é questionada. Se marca poucos, o alvo é o ataque. É uma tradição do futebol, nem sempre muito justa. Uma das exceções ocorre no Figueirense, que enfrenta uma crise de artilharia durante todo o Brasileirão.
Como único atacante fixo, as cobranças de torcida e imprensa recaem, obviamente, sobre Sandro Gaúcho. Mas esta não é uma análise tão simples.
Principalmente porque a equipe alvinegra vem utilizando um esquema que não favorece o faro matador de Sandro, ex-goleador dos campeonatos gaúcho e potiguar. O próprio jogador explica:
– Aceito o esquema, até porque está dando certo. Mas quando eu estava no América-RN, o time atuava em um 3-5-2, com dois alas que chegavam na frente e dois meias que jogavam em minha função. No Figueirense, eu tenho segurado os zagueiros na área para a aproximação dos meias, é mais difícil. Prova disso é que vários jogadores da equipe têm tido chances para concluir. Mas eu mesmo venho tendo poucas oportunidades.
Nem todos concordam com essa visão e Sandro Gaúcho vem sofrendo com uma chuva de críticas. Nada que abale o experiente atleta de 35 anos.
– Procuro absorver as críticas construtivas. Até porque já enfrentei essa situação em outros momentos da minha carreira, isso é normal. Sou mais cobrado porque sou o único atacante. Mas tenho senso do trabalho que estou realizando – diz, confiante.
Apoio mesmo, Sandro Gaúcho só tem encontrado no técnico Dorival Júnior e nos outros jogadores do Figueirense. Não é suficiente, claro, mas já é alguma coisa.
– Seria melhor se eu pudesse contar com a compreensão da torcida. Mas é muito gratificante saber que o treinador e os meus companheiros estão me dando força – declarou.
Após perder para o líder Cruzeiro por 1 a 0 no Mineirão neste sábado, o Figueirense volta a campo no domingo, contra o Paysandu, em Florianópolis.
MAURICIO XAVIER / DIÁRIO CATARINENSEGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.