| 05/03/2001 20h09min
O secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, José Hermeto Hoffmann, afirmou nesta segunda-feira em entrevista ao clicRBS, que o governo não descarta a hipótese de volta de vacinação contra a febre aftosa no Estado. – O retorno da imunização, entretanto, só poderá ocorrer se não significar o isolamento do Rio Grande do Sul – destacou Hoffmann. Nesta segunda-feira, o ministro da Agricultura, Marcus Vinicius Pratini de Moraes, disse que o Rio Grande do Sul poderá voltar a ter de vacinar seu rebanho bovino contra a febre aftosa se não houver apoio irrestrito de pecuaristas e da Secretaria da Agricultura para garantir a defesa contra a doença nas fronteiras gaúchas. Para Hoffmann, a declaração do ministro significa que o governo federal não pretende rever a polícia nacional de sanidade animal. – Em 1999, quando fomos contrários ao fim da vacinação, não fomos ouvidos. Agora sofremos as conseqüências – recordou o secretário. Hoffmann disse ainda que medidas como esta estariam incentivando a guerra sanitária entre os Estados. Para o secretário, deveria ter havido mais seriedade no controle das fronteiras. – Se a Grã-Bretanha, que é uma ilha, não conseguiu evitar o retorno da doença, imaginem o Brasil, que é um país continental – alertou. A retomada da aplicação de medicamento no rebanho gaúcho poderá fechar as portas do mercado norte-americano por no mínimo dois anos. A vacinação também poderia prejudicar o envio futuro de carne fresca ao Japão e à Comunidade Européia. Segundo Pratini, mais de 120 milhões de cabeças de gado em todo o país estão em áreas livres de aftosa, com e sem vacinação. O Circuito Pecuário Sul, que engloba Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, é área livre da doença sem vacinação.
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