| 06/03/2001 18h55min
O gaúcho Nei Machado, sócio do traficante carioca Fernandinho Beira-Mar, o foragido número 1 do Brasil, poderá ir a julgamento na Colômbia, onde está preso desde o último dia 22. A possibilidade de Machado ser julgado em terras colombianas dificulta o processo de extradição solicitado pelo governo brasileiro. Nesta terça-feira, a Embaixada do Brasil na Colômbia confirmou que a Procuradoria (especializada em narcotráfico e terrorismo) de Villavicencio – cidade situada a 200 quilômetros de Bogotá – instaurou um processo para investigar Nei Machado, também conhecido como Pitoco. Se conseguir reunir provas que o incriminem, a Procuradoria poderá levá-lo a julgamento. Se isso ocorrer, o governo brasileiro terá de esperar que Machado cumpra pena na Colômbia. Atualmente, o gaúcho – que divide um alojamento coletivo com cerca de 40 presos na cela 5 do Pátio Colômbia, um dos cinco pavilhões que formam o Cárcere Judicial de Villavicencio – está sendo interrogado pela Procuradoria, uma fase do processo que deverá ocorrer até o final de abril. Durante os interrogatórios, Machado está sendo acompanhado pelo delegado Antônio César Nunes, adido da Polícia Federal (PF) na Colômbia. Depois dessa fase, a Procuradoria tem mais dois meses para decidir se o traficante gaúcho, o maior fornecedor de drogas no Sul do país, irá a julgamento na Colômbia. Machado está sendo acusado de formação de quadrilha, tráfico de drogas e falsidade ideológica com Ronaldo Alcântara de Morais, o Gordo, irmão da amante de Beira-Mar, Jacqueline. O governo brasileiro já pediu para ter acesso aos documentos, mas as autoridades colombianas não estão colaborando – revela um delegado da PF. Além da extradição de Machado e de Morais, a PF solicitou via Ministério da Justiça, que Jacqueline – que havia sido presa, mas libertada 24 horas depois pelas autoridades colombianas – seja recapturada.
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