Na próxima quinta-feira termina o prazo para que a procuradoria da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Brasília, encaminhe ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) parecer sobre o impacto sócio-ambiental da construção de um túnel em área de reserva indígena em Palhoça, na Grande Florianópolis. O projeto de duplicação do trecho Sul da BR-101 inclui a obra no Morro dos Cavalos, na altura do km 232 da rodovia, onde vivem 21 famílias de índios guarani. A Funai não confirma, mas extra-oficialmente se posicionou favorável à construção. Mesmo reconhecendo o impacto que o túnel trará, os técnicos consideraram que duplicar a estrada acarretaria danos ainda maiores à população indígena. Os índios temem que a abertura do túnel comprometa a cachoeira que abastece a reserva. O engenheiro Leonardo Radaelli, projetista da obra, garante que nem os índios precisam se mudar, nem o túnel vai secar a queda de água. Radaelli disse também, em entrevista ao Diário Catarinense, que ninguém quer retirar os Guarani de onde estão.