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O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, disse em uma entrevista publicada nesta segunda, dia 24, que governos da União Européia (UE) não estavam fazendo o suficiente para combater o anti-semitismo por causa da "forte presença muçulmana na Europa". Sharon também rejeitou as queixas de políticos europeus de que o Estado judaico tende a estigmatizar críticas legítimas às políticas de Israel em relação aos palestinos como anti-semitismo.
– Hoje em dia, conduzir uma política anti-semita não é algo popular, então os anti-semitas misturam suas políticas com o conflito israelo-palestino. É claro que há anti-semitas que usam os eventos em Israel e o argumento de que Israel usa força excessiva. Através disso eles tentam comprometer o direito de autodefesa de Israel. Portanto há um perigo para os judeus – afirmou ele ao site EUpolitix.com, dedicado a assuntos da UE.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Silvan Shalom, propôs na semana passada o estabelecimento de um conselho ministerial conjunto com a UE para lidar com o anti-semitismo na Europa através de acompanhamento e educação. As acusações de anti-semitismo foram incentivadas antes da visita de Sharon a Bruxelas por uma controversa pesquisa de opinião realizada pela Comissão Executiva da UE. O resultado mostrou que a maior parte dos cidadãos do bloco econômico vê Israel como a maior ameaça à paz mundial.
O presidente francês, Jacques Chirac, esteve à frente de um encontro ministerial urgente na semana passada para lutar contra o anti-semitismo, após uma escola judaica ter sido incendiada em um subúrbio de Paris. Sinagogas e escolas judaicas na França foram atacadas repetidamente nos últimos anos, em violência que autoridades relacionam a jovens muçulmanos enraivecidos pelas duras políticas de Israel contra o levante palestino.
– Uma presença muçulmana ainda mais forte na Europa certamente está colocando em perigo a vida do povo judeu – disse Sharon, acrescentando que cerca de 70 milhões de muçulmanos vivem no bloco de 15 países.
Sharon foi a Roma na semana passada para debater com a Itália, atual presidente da UE, o crescente anti-semitismo na Europa e tentar moderar as críticas às políticas de Israel em relação aos palestinos.
– É claro que é perigoso generalizar, mas é possível dizer que a maioria dos países da Europa não tem uma política equilibrada – observou.
As informações são da agência Reuters.
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