Israel divulgou um raro pedido a Washington, seu aliado mais próximo, nesta terça, dia 2. Segundo este pedido, o secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, estaria cometendo um erro se se encontrasse com os autores de um simbólico plano de paz para o Oriente Médio. Powell respondeu dizendo em uma entrevista coletiva na Tunísia que tem o direito de se reunir com qualquer pessoa com idéias sobre a paz no Oriente Médio.

O vice-premiê israelense, Ehud Olmert, criticou Powell por elogiar o não-oficial Acordo de Genebra, cujos autores tentam reunir apoio internacional após o lançamento na segunda-feira em uma cerimônia na Suíça.

Olmert disse à Rádio Israel que Powell não está ajudando. O vice-premiê israelense considera que esse é um passo errado a ser realizado por um representante do governo norte-americano. Tanto o governo de direita israelense quanto militantes palestinos que lutam na Intifada – que já dura três anos – denunciaram o acordo, produzido por moderados dos dois lados do conflito.

Autoridades norte-americanas afirmam que Powell deseja reunir-se com os co-autores do acordo em Washington no fim desta semana, um sinal da crescente impaciência com as dificuldades criadas pelo premiê de Israel, Ariel Sharon, ao avanço do plano de paz patrocinado pelos EUA.

Powell, que está visitando três países do norte da África, não disse explicitamente se irá se encontrar com os futuros ativistas, o político de esquerda israelense Yossi Beilin e o ex-membro do gabinete palestino Yasser Abed Rabbo.

– Eu não sei porque eu ou qualquer outra pessoa do governo norte-americano deva negar a oportunidade de ouvir quem está compromissado com a paz e quem tem idéias – afirmou.

Com informações da Agência Reuters.