Os Estados Unidos disseram nesta segunda, dia 8, ter lançado a maior operação em terra realizada no Afeganistão até agora contra ativistas islâmicos e lamentaram a morte de nove crianças em um ataque realizado no país. Os militares disseram ter lançado a Operação Avalanche no fim de semana, no leste e no sul do Afeganistão, onde recentemente o Talibã e militantes islâmicos aliados se fortaleceram e realizaram uma série de ataques contra soldados estrangeiros e grupos de ajuda humanitária.

Cerca de 2 mil dos 11,5 mil soldados das forças lideradas pelos EUA participam da missão, projetada para permitir a retomada dos trabalhos de ajuda humanitária na região.

– A nova operação negará o abrigo para as forças terroristas e acabará com a atividade deles no leste, no sudeste e no sul do Afeganistão. Esta é uma das maiores operações já realizadas – afirmou o tenente-coronel Bryan Hilferty, porta-voz das forças norte-americanas.

Segundo Hilferty, a operação envolve quatro batalhões de infantaria, soldados do Exército Nacional Afegão e milicianos. Como uma mancha sobre a operação, no entanto, paira a morte de nove crianças afegãs vitimadas em um ataque aéreo realizado pelos EUA contra o vilarejo de Petaw (sul), no sábado. As crianças são as vítimas civis mais recentes dos ataques norte-americanos, que caçam remanescentes do Talibã desde a derrubada deles do poder no final de 2001.

Hilferty repetiu as condolências dos EUA às famílias das crianças. Segundo o porta-voz, a investida realizada por um avião antitanque A-10 Thunderbolt havia sido cuidadosamente planejada e visava a um homem que seria um "terrorista conhecido".

– Infelizmente, quando chegamos lá, encontramos os corpos de nove crianças e o de um adulto – disse.

Segundo autoridades afegãs, o alvo da investida, o mulá Wazir, não estava no local no momento do ataque.

– Acho que tais erros podem fazer os afegãos se indisporem com a coalizão – respondeu Hilferty ao ser questionado sobre se tais erros poderiam alimentar o descontentamento com os norte-americanos e aumentar o apoio aos ativistas.

As informações são da agência Reuters.