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Opositores do presidente venezuelano Hugo Chávez, protegidos por cerca de 2 mil soldados, entregaram nesta sexta, dia 19, mais de 3 milhões de assinaturas ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE), pedindo um referendo para anular o seu mandato.
– A mensagem do povo venezuelano é muito clara: o que a Venezuela quer é paz, é futuro, é um país onde haja oportunidades para todos – disse o deputado Julio Borges, membro da coalizão opositora, ao entregar as assinaturas.
A oposição, que acusa o presidente de ter arruinado o país e de ter instaurado uma ditadura, afirma ter coletado 3,6 milhões de assinaturas entre os dias 28 de novembro e 1º de dezembro, superando os 2,4 milhões exigidos para promover o referendo. O CNE tem 30 dias, a partir da entrega, para verificar a autenticidade das assinaturas e decidir se o referendo procede. Caso perca o referendo, Chávez teria que deixar o cargo antes de completar seu mandato, em 2006.
O líder
venezuelano e seus seguidores afirmam que o processo
de coleta de assinaturas foi fraudado e denunciaram um golpe eleitoral com o objetivo de tirar Chávez do poder. Recentemente, Chávez disse que seus adversários atrasaram a entrega das assinaturas pois as estavam maquiando. Ele alega que a oposição só conseguiu coletar 1,9 milhão de assinaturas, número insuficiente para convocar um referendo.
Entretanto, líderes da oposição insistem na legitimidade das assinaturas. Por isso, pediram que o organismo eleitoral não cedesse a nenhum tipo de pressão, em aparente alusão às acusações lançadas pelo governo contra a suposta fraude.
As informações são da agência Reuters.
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