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Jornais britânicos revelaram neste domingo, dia 4, detalhes de planos de complôs terroristas que envolvem o seqüestro de um número não definido de aviões - entre eles um da British Airways - que seriam usados em atentados contra alvos nos Estados Unidos. As informações surgiram após uma semana marcada por alertas antiterror que provocaram o cancelamento de vôos com destino aos EUA.
Citando fontes do governo inglês, o jornal Times apurou que serviços de segurança do país descobriram um plano da rede do terrorista Osama bin Laden de seqüestrar aviões de passageiros simultaneamente e lançá-los contra alvos "proeminentes" americanos. A revelação foi feita no mesmo dia em que o jornal The Observer, citando fontes do governo, revelou a existência da célula que teria em mãos passaportes legítimos de cidadãos americanos, britânicos e de outros países europeus.
De acordo com o jornal, os radicais tentam driblar a segurança de aeroportos britânicos para seqüestrar vôos da British Airways. Não ficou claro se os dois jornais referiam-se ao mesmo complô. De acordo com o Observer, o cancelamento dos vôos da British que sairiam na semana passada de Londres para Washington e Riad, na Arábia Saudita, foi deflagrado pelo temor de que terroristas com "identidades falsas limpas" estivessem planejando atentados no Ano-Novo.
Fontes do governo haviam negado, entretanto, que donos de passaportes britânicos fossem suspeitos das ameaças contra a British Airways. Os terroristas vêem Londres como centro-chave para obter financiamento e novos recrutas, conforme ficou claro em telefonemas interceptados por uma agência de inteligência ocidental, aos quais o Observer teve acesso.
– Precisamos de estrangeiros. Temos albaneses, suíços e ingleses. O importante é que eles tenham alto nível cultural, empresários, professores, engenheiros, médicos e professores – diz um terrorista não-identificado a um colega num dos telefonemas interceptados.
O foco em estrangeiros de boa formação era uma das marcas dos campos de treinamento no Afeganistão da Al-Qaeda, que utilizava uma rígida política de seleção para seus membros. Analistas acreditam que integrantes da rede Al-Qaeda e de outros grupos radicais tenham aumentado seus esforços nos últimos 12 meses para recrutar estrangeiros mais capazes de burlar o sistema de segurança em aeroportos, implementado desde os atentados de 11 de setembro de 2001.
As informações são do jornal Zero Hora.
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