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Delegação dos EUA parte para visita à Coréia do Norte

Equipe americana quer visitar complexo nuclear do país

Uma delegação dos Estados Unidos voou para a Coréia do Norte nesta terça, dia 6, esperando visitar o complexo nuclear que está no centro do programa de armas do país asiático. No mesmo dia, o governo norte-coreano ofereceu o que considerou ser uma "grande concessão" a fim de retomar as negociações sobre a crise.

Uma visita ao complexo nuclear Yongbyon pela delegação norte-americana seria a primeira de estrangeiros desde que a Coréia do Norte expulsou os inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU) um ano atrás, no início da crise. A viagem de cinco dias realizada por especialistas e assessores do Congresso norte-americano acontece enquanto os EUA, a China, o Japão, a Rússia e a Coréia do Sul tentam convencer a Coréia do Norte a retomar as negociações sobre seu programa nuclear, iniciadas em Pequim em agosto passado.

Segundo um jornal dos EUA e autoridades sul-coreanas, a delegação visitaria Yongbyon, mas a Coréia do Norte tinha ainda de confirmar isso.

– Não sabemos dizer o que faremos – afirmou John Wilson Lewis, professor emérito da Universidade Stanford.

Charles "Jack" Pritchard, um ex-enviado do Departamento de Estado à Coréia do Norte, e Sig Hecker, diretor do Laboratório Nacional de Los Alamos entre 1985 e 1997, acompanham Lewis na viagem. Também integram a delegação dois assessores da Comissão do Senado dos EUA para Relações Exteriores, Keith Luse e Frank Jannuzi.

Os EUA disseram que os visitantes não realizarão a visita em nome do governo do presidente George W. Bush, que continua tentando resolver a crise nuclear por meio de negociações das quais participam seis países. Os seis concordaram, em princípio, em se reunir, mas as negociações foram adiadas devido a incompatibilidades de agenda e não devem ser retomadas antes do próximo mês.

A Coréia do Norte, por outro lado, conclamou os EUA a aceitar sua oferta de congelar o programa de armas nucleares, afirmando que faria a "grande concessão" de suspender a geração de energia por meio de uma usina nuclear. Mas a agência de notícias oficial do país disse na terça que a política dos EUA, que exigem o desmantelamento do programa de armas nucleares e não apenas seu congelamento, se não for alterada, "destruirá as fundações do diálogo e atirará na lama" as esperanças de retomada das negociações entre os seis países.

– A DPRK (sigla do nome oficial do país asiático) está pronta para suspender os testes e a produção de armas nucleares e para até mesmo congelar sua indústria nuclear de produção de energia como parte de medidas a serem adotadas em uma primeira fase do pacote de solução – afirmou a agência.

Em troca, o país asiático deseja ser tirado da lista norte-americana de países que patrocinam o terror, ver suspensas as sanções econômicas, políticas e militares e que os EUA e países vizinhos forneçam-lhe combustível e energia, disse a agência de notícias.

As informações são da agência Reuters.


 
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