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O Japão deseja abrir postos de trabalho na cidade de Samawah (sul do Iraque), onde serão estacionados seus soldados, a fim de conquistar a população local e ter apoio para concluir a missão humanitária que lhe foi atribuída, disseram autoridades nesta quarta, dia 7. O Ministro de Defesa do país, Shigeru Ishiba, deve assinar nesta sexta ordem para enviar cerca de 30 militares para Samawah. Essa equipe avançada pode partir já em 16 de janeiro, segundo meios de comunicação japoneses.
Eventuais baixas entre os soldados enviados ao Iraque poderiam significar o fim do mandato do primeiro-ministro do Japão, Junichiro Koizumi, que em julho enfrenta importantes eleições parlamentares. A opinião pública no país opõe-se ao envio de militares para o Iraque, na mais perigosa missão japonesa além-mar desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Vários diplomatas do Japão podem acompanhar a equipe avançada e, entre suas tarefas, estará elaborar um programa para a criação de empregos em Samawah, disse uma autoridade do Ministério das Relações Exteriores. No sábado passado, a polícia iraquiana disparou contra uma multidão de mais de mil manifestantes reunida em Samawah para exigir empregos. Cerca de 15 pessoas ficaram feridas.
– Há uma grande taxa de desemprego na região de Samawah, para onde serão enviadas nossas forças. Assim, achamos que seria bom se pudéssemos criar empregos como parte de nossos esforços de reconstrução na área – afirmou a autoridade do ministério, que não quis ter sua identidade revelada.
O jornal Mainichi Shimbun disse que o dinheiro a ser usado no projeto para a criação de empregos viria dos US$ 1,5 bilhão em ajuda prometidos pelo Japão para o Iraque em 2004. O governo japonês pretende enviar até 600 militares para o Iraque em um prazo de 12 meses que começou a correr em 15 de dezembro.
As informaçõe são da agência Reuters.
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