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A União Européia (UE) deveria receber o Prêmio Nobel da Paz por ajudar a reunificar o continente depois da Guerra Fria, disse um ex-primeiro-ministro norueguês nesta quarta, dia 7, ao indicar a entidade como candidata à premiação.
– Na minha opinião, a UE transformou potências antes inimigas em promotoras da paz – escreveu Thorbjoern Jagland, do Partido Trabalhista (oposição), no jornal Aftenposten ao justificar a apresentação da candidatura à Comissão Norueguesa do Nobel.
– O ano de 2004 é o ano certo para darmos o prêmio da paz para a UE – disse, aludindo aos planos de expansão do bloco, que a partir de maio passaria a ter, em vez dos atuais 15, 25 países-membros.
A proposta feita por Jagland, primeiro-ministro em 1996 e 1997 e hoje presidente da comissão parlamentar de relações externas, reabriu uma antiga discussão na Noruega sobre o bloco. O país rejeitou em 1972 e em 1994 a adesão à UE.
Críticos da União Européia criticaram Jagland. E mesmo o diretor do Instituto Norueguês do Nobel, Geir Lundestad, duvidou que a UE tenha chances de vencer, já que os cinco membros da Comissão do Nobel, responsável por escolher o nome do agraciado, tentam sempre chegar a uma decisão de consenso.
– A UE é uma questão que divide a Noruega mais do que qualquer outra – afirmou Lundestad. – Essas desavenças verificadas entre a população refletem-se entre os membros da Comissão Norueguesa do Nobel – disse.
O prazo para as indicações termina no dia 1° de fevereiro. O prêmio do ano passado, de US$ 1,4 milhão, foi dado à advogada iraniana Shrin Ebadi, defensora dos direitos da mulher e das crianças em seu país.
As informações são da agência Reuters.
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