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Cerca de 200 religiosos protestaram nesta sexta, dia 9, em Teerã devido à decisão de autoridades de mudar o nome de uma rua que homenageava o assassino do presidente egípcio Anuar Sadat, em uma manobra que tem por objetivo melhorar as relações do país com o Egito.
A fim de aproximar os dois países mais populosos do Oriente Médio, afastados há 25 anos, o Ministério das Relações Exteriores do Irã conseguiu convencer o Conselho Municipal de Teerã na terça a mudar o nome da rua Khaled Islambouli para Intifada, em homenagem ao levante palestino contra a ocupação israelense.
Autoridades dos dois países afirmaram depois disso que estão muito perto de restabelecer relações plenas, cortadas pouco após a Revolução Islâmica no Irã, em 1979, em grande parte devido ao acordo de paz selado pelo Egito com Israel, um ano antes.
Mas os religiosos linha-dura ficaram furiosos com a decisão. Eles realizaram uma manifestação depois das orações de sexta em Teerã, gritando palavras de ordem contra a chancelaria e o conselho municipal.
O grupo Ansar-e Hezbollah, que organizou o protesto, disse em um comunicado:
– Os responsáveis pela política externa e os membros do conselho enganam-se ao pensar que podem tirar de Islambouli, um dos heróis do movimento islâmico internacional, a "medalha" que lhe foi concedida pelo aiatolá Khomeini (Ruhollah Khomeini) – disse.
O mesmo grupo pretende inaugurar um monumento em homenagem a Islambouli, que matou Sadat em 1981, no maior cemitério de Teerã.
O presidente do Egito, Hosni Mubarak, deve visitar Teerã no próximo mês para participar de uma cúpula entre oito países em desenvolvimento.
As informações são da agência Reuters.
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