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Uma delegação americana visitou o complexo nuclear de Yongbyon, na Coréia do Norte. É a primeira vez que estrangeiros são autorizados a entrar na usina desde que os inspetores da ONU foram expulsos, no ano passado.
Os EUA suspeitam que a Coréia do Norte possa ter retomado o reprocessamento de bastões de combustível nuclear gasto, de Yongbyon, visando transformá-los em plutônio para uso em armas nucleares. Analistas disseram que a visita à usina pode lançar luz sobre a capacidade nuclear da Coréia do Norte.
– Fomos a Yongbyon, sim – disse a jornalistas o chefe da delegação, John Lewis, professor emérito na Universidade de Stanford, ao retornar a Pequim, vindo da capital norte-coreana, Pyongyang.
Lewis e outros integrantes da delegação não oficial disseram que não iriam falar do que viram e discutiram até terem passado suas informações ao governo norte-americano. A visita de cinco dias do grupo ocorreu no momento em que os EUA e seus aliados procuram marcar novamente conversações com Pyongyang com vistas a pôr fim ao suspeito programa norte-coreano de armas nucleares.
Frank Jannuzi, assessor do Comitê de Relações Externas do Senado, descreveu a viagem como ``uma visita boa e produtiva''. Mas, segundo analistas, não está claro se e como ela vai beneficiar o processo das conversações sobre as ambições nucleares da Coréia do Norte.
Em agosto passado a China foi anfitriã de uma rodada inconclusiva de conversações sobre a questão nuclear mantida entre os EUA, as duas Coréias, Japão e Rússia. Piao Jianyi, um especialista em Coréia do Norte na Academia Chinesa de Ciências Sociais, disse que a visita a Yongbyon provavelmente vai revelar a extensão do desenvolvimento dos programas nucleares norte-coreanos.
Um diplomata ocidental que acompanha a questão de perto disse que foi interessante as autoridades terem autorizado a visita a Yongbyon, mas que isso não necessariamente vai ajudar o processo.
As informações são da agência Reuters.
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