| 14/01/2004 07h20min
O site indiano do Fórum Social Mundial www.wsfindia.org transmitirá em áudio, a partir do dia 17, as cinco conferências diárias que ocorrerão em Mumbai, Índia, até 20 de janeiro. O sistema foi implantado pela equipe de programadores da Free Software Foundation – India, responsável pela informatização do evento. Quem acessar a página poderá ouvir a íntegra das conferências, disponibilizada em software livre.
Todos os programas utilizados no FSM terão código-fonte aberto. Para a imprensa, haverá um esquema em que cada usuário terá algo como um computador virtual durante todo o evento. Qualquer equipamento que ele use dentro da sala de imprensa, com seu nome e senha acessa todos os seus dados, mesmo que não tenham sido publicados.
– No final do Fórum poderemos gravar um CD para quem quiser levar seus dados para casa – explica Warrem Briam Noronha, 19 anos, um dos coordenadores da equipe que desde setembro de 2003 cuida, em Mumbai, da informatização do FSM.
Para garantir a segurança e evitar a ação de piratas, de quatro em quatro horas, será feito um backup de todas as informações. A Índia é um país reconhecido pelo desenvolvimento de softwares livres. Universidades, empresas, escolas e pessoas físicas usam – muito mais que em outros países – programas de computador com código-fonte aberto.
A crescente aceitação deste tipo de programas tem, inclusive, provocado uma forte reação por parte da Microsoft, maior empresa de softwares proprietários do mundo. Para retomar sua fatia do mercado, a empresa norte-americana tem mandado funcionários às escolas indianas para ensinar aos estudantes como usar o Windows.
Trata-se, na opinião dele, de uma tática de venda, disfarçada de educação de informática e de inclusão digital. Quando acabar o Fórum, Noronha ajudará a promover o "contra-ataque livre". A Free Software Foundation Índia iniciará em pouco tempo um programa de visitas às escolas indianas para demonstrar as vantagens de utilizar softwares livres.
A Índia tem visto nos softwares livres uma saída para a falta de acesso ao mundo da informática. Em todo o país há gente envolvida em desenvolver este tipo de programas, inclusive nas universidades.
– Aqui, hoje em dia, praticamente todo mundo que estuda informática trabalha com Linux – informa.
As informações são da Agência Brasil.
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