| 03/04/2001 12h40min
A Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS) realizará uma assembléia com os presidentes dos núcleos regionais para definir se defenderá ou não uma nova vacinação contra a febre aftosa no rebanho de Santa Catarina. O encontro ocorrerá nesta quarta-feira na sede da entidade, em Concórdia, a partir das 13h30min. A assembléia impedirá que representantes da ACCS participem da reunião convocada pela Secretaria de Agricultura do Estado, prevista para a manhã. Pecuaristas e entidades do setor industrial de carnes vão discutir a necessidade de nova imunização e o recadastramento do rebanho. O presidente da ACCS, Paulo Tramontini, reforça que a preocupação do setor é medir agora o risco de ocorrer no Estado focos da doença. Para Tramontini, o produtor seria o mais prejudicado, já que haveria a necessidade de abate dos animais. O rebanho suíno comercial catarinense chega a 4,8 milhões de cabeças. O presidente da ACCS acredita que a Argentina não está controlando a aftosa no país. A proximidade do inverno, que aumenta o perigo de contaminação – o vírus da aftosa se propaga mais facilmente em baixas temperaturas, exigiria uma definição urgente sobre a melhor forma de barrar a invasão do vírus. Atualmente, a fiscalização na fronteira com a Argentina conta com sete postos, dois fixos e cinco móveis. O governo estadual também quer o apoio do Exército, ainda indefinido. A ausência na reunião na Secretaria de Agricultura em Florianópolis é porque a entidade tomará uma decisão somente à tarde sobre a vacinação. Tramontini explicou que já havia entrado em contato com o secretário Odacir Zonta e comunicado que não compareceria ao encontro. O secretário é contra uma nova imunização por que reativaria a atividade viral e significaria o reconhecimento da contaminação na região. Duas ameaças ao atual mercado de exportações catarinenses. O problema é que a Organização Internacional de Epizootias (OIE) reconhece Santa Catarina e Rio Grande do Sul como um mesmo circuito pecuário. O governo gaúcho quer repetir a imunização e a manutenção do status de zona livre de aftosa com vacinação. Clique e saiba mais sobre a volta da febre aftosa.
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