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Soldados dos EUA mortos no Iraque chegam a 500

Mais quatro soldados morreram entre sábado e sexta

Guerrilheiros mataram três soldados norte-americanos e duas autoridades iraquianas neste sábado, dia 17, elevando para 500 o número de baixas dos Estados Unidos desde o começo da guerra, em março.

O número elevado de mortos é um problema para o presidente George W. Bush, que em novembro tenta a reeleição. Washington diz que, apesar disso, mantém os planos para devolver a soberania sobre o país aos iraquianos até o final de junho.

A bomba que explodiu em uma estrada ao norte de Bagdá aparentemente é uma das mais fortes já usadas contra as forças de ocupação até agora. As cinco vítimas estavam dentro de um blindado Bradley, que se parece com um pequeno tanque. Normalmente, os ataques matam militares que estão em veículos menos protegidos, como caminhões.

Após reunião com Bush nessa sexta, dia 16, o administrador norte-americano no Iraque, Paul Bremer, disse que Washington está disposto a fazer ajustes no plano de transferência de poder, com o objetivo de contentar o influente clérigo xiita Ali Al-Sistani. Mas Bremer disse que, contrariando o que pede Sistani, será impossível realizar eleições neste ano.

Bremer também confirmou a data de 30 de junho para a posse do governo interino iraquiano. Mesmo depois disso, porém, as tropas de ocupação devem permanecer no país.

No ataque de sábado, a bomba estava perto de Taji, 30 quilômetros ao norte de Bagdá. A explosão provocou um incêndio no Bradley. Segundo o tenente-coronel William Macdonald, outros dois soldados dos EUA ficaram feridos. Logo em seguida, três iraquianos foram presos nos arredores, dentro de um caminhão que transportava material para bombas.

Taji era o coração do complexo militar-industrial do Iraque durante o regime de Saddam Hussein. A cidade fica no chamado ''Triângulo Sunita'', marcado por forte oposição aos EUA. Na última sexta, dia 16, outro militar norte-americano morreu vítima de um "ferimento à bala não-hostil''.

Com essas quatro mortes, já são 500 militares que perderam a vida na guerra, que começou em 20 de março. Pelo menos 115 soldados foram mortos na invasão em si, e 231 foram vítimas de hostilidades desde então. Outros 154 morreram em acidentes ou suicídios.

As informações são da agência Reuters.

 
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