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O embaixador israelense na Suécia, Zvi Mazel, disse neste sábado, dia 17, que não se arrepende de ter destruído uma obra de arte em um museu de Estocolmo que mostrava um militante suicida palestino. O autor da peça diz que ela era um apelo por reconciliação.
Mazel, por sua vez, diz que a obra é um "apelo à morte'', glorificando os palestinos que assassinam israelenses. O incidente aconteceu nessa sexta, dia 16, durante a abertura de uma exibição relativa a uma conferência sobre genocídio que acontece neste mês.
Uma gravação em vídeo mostra Mazel desligando os cabos dos refletores que cercavam a obra – uma bacia retangular cheia de um fluido vermelho e com um barco flutuando. O barco traz um retrato de Hanadi Jaradat, que matou a si mesma e a 22 israelenses em um atentado contra um restaurante em Haifa, no norte de Israel, em outubro.
Depois de desligar as luzes, Mazel atirou um refletor contra a obra.
– Eu tinha todo o direito do mundo de agir como agir – disse. – Isto não é uma obra de arte, estava apresentando o ódio contra o povo de Israel. Em algum lugar alguém tinha de fazer algo para evitar tal forma de expressão do ódio contra o povo judeu – disse ele, citando o que considera ser um crescente anti-semitismo na Europa, inclusive na Suécia.
O autor da obra, Dror Feiler, é um israelense que vive em Estocolmo, onde milita na entidade Judeus pela Paz Israelense-Palestina, que se opõe à ocupação da Cisjordânia e da Faixa de Gaza por seu país. Feiler disse que a atitude de Mazel vai contra a mensagem de abertura, discussão, compreensão e conciliação contida na obra.
– Ele não pode destruir a arte e impedir a liberdade de expressão – disse Feiler.
Feiler disse que sua instalação não glorificava os suicidas palestinos.
– Explicamos claramente que ela (Jaradat) estava matando inocentes. Sou absolutamente contra atentados suicidas. Acho horrível e não serve para a causa deles.
A chancelaria sueca informou que Mazel se comportou de maneira inadequada e será chamado para dar explicações na segunda-feira.
As informações são da agência Reuters.
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