| 04/04/2001 16h06min
O secretário estadual de Agricultura do Rio Grande do Sul, José Hermeto Hoffmann, informou nesta quarta-feira que, por pelo menos quatro anos, o rebanho gaúcho corre risco de ser contaminado pela febre aftosa. Em entrevistas à Rádio Gaúcha e à RBSTV, o secretário classificou o período pelo qual passa a pecuária mundial como um momento de alta gravidade, considerando a decisão do governo argentino de não sacrificar os animais de seus rebanhos nos quais foi observada a presença da enfermidade um risco ao Brasil. Segundo Hoffmann, os 750 quilômetros de fronteira aberta com aquele país fragilizam o controle sanitário efetuado pelo governo gaúcho. José Hermeto Hoffmann defende a permanência do exército nas regiões fronteiriças durante o período. Em dois anos, a Argentina espera poder solicitar à Organização Internacional de Epizootias (OIE) o status de zona livre de aftosa com vacinação. Para isso, nenhum caso da doença pode ser registrado. O trâmite junto à OIE leva mais dois anos até que a concessão do título seja efetivada. Hoffmann voltou a defender a retomada da imunização, caso o status de zona livre de aftosa com vacinação seja mantido. Segundo ele, seria necessário utilizar a mesma medida no Estado de Santa Catarina. O secretário garante que as exportações do Rio Grande do Sul não seriam prejudicadas, uma vez que nos principais concorrentes internos do Estado – São Paulo e Paraná – a prevenção por vacinação contra a doença permanece. A suspensão do processo de imunização no Rio Grande do Sul ocorreu em 1999, quando não havia registro de contaminação. Naquela época, o país mais próximo onde existia a enfermidade era a Bolívia. Até então, as fronteiras com a Argentina não corriam risco de manifestar o problema. • Tire suas dúvidas sobre a doença
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