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 | 24/01/2004 13h45min

Cheney conclama Europa a fomentar democracia no Oriente Médio

Alternativa é chave para vencer a guerra global contra o terrorismo

O vice-presidente norte-americano, Dick Cheney, fez um apelo à Europa neste sábado, dia 24, para se juntar aos Estados Unidos na promoção da democracia no Irã e no mundo árabe como chave para vencer a guerra global contra o terrorismo.

– Devemos confrontar as ideologias de violência na origem, promovendo a democracia na região do Oriente Médio – disse Cheney para líderes políticos e empresariais reunidos no Fórum Econômico Mundial, em Davos.

Em um discurso visando amenizar as relações transatlânticas desgastadas por uma amarga disputa em torno da guerra do Iraque, Cheney descreveu a luta contra o terrorismo em termos mais amplos e amenos, para conter as críticas de que Washington se concentra exageradamente em soluções militares. Europa e EUA deverão se unir para encorajar o governo iraniano a "honrar as legítimas demandas de seu povo", afirmou ele.

– Nossa próxima estratégia de liberdade nos vincula ao apoio daqueles que trabalham e se sacrificam pela reforma do Grande Oriente Médio. Conclamamos nossos amigos democratas e aliados em toda parte, na Europa em particular, a se juntar a nós nesse esforço – disse Cheney.

O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, atacou nesta sexta, dia 23, em Davos a lógica da "lei da selva" na procura da segurança global. Muitos líderes árabes e muçulmanos acusaram os EUA de hipocrisia e de usar dois pesos e duas medidas na procura seletiva de democracia e desarmamento no Oriente Médio, que, segundo eles, ignora as armas nucleares e o comportamento de Israel.

Cheney reconheceu os esforços europeus para deter a disseminação de armas de destruição em massa na região e reafirmou o compromisso de Washington com a aliança de defesa da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Ele afirma que o futuro da OTAN está fora da Europa e apelou aos europeus que incrementem sua capacidade militar de longo alcance. Ele também pediu à União Européia que, à medida que desenvolva sua própria política de defesa, não permita a diminuição de seu poder militar e de sua influência.

– A América quer uma Europa o mais forte possível. Ao mesmo tempo em que não devemos forçá-la a escolher entre suas vocações européias e transatlânticas, ela também não deve se vender barato e fazer acordos menores do que a capacidade militar e a influência que o povo merece –  disse Cheney.

Com informações da Agência Reuters.


 
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