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Pedindo por salvação, muçulmanos lotaram a cidade sagrada de Meca, na Arábia Saudita, nesta quarta, dia 28, em meio a um forte aparato de segurança, para participarem da peregrinação de uma cerimônia anual atrai cerca de 2 milhões de muçulmanos para a cidade.
– Oh, Senhor, nos conceda o bem nesta vida e o bem na vida depois da morte e nos salve do inferno – recitavam os fiéis ao andarem em volta da Caaba, uma estrutura cúbica localizada no meio da Grande Mesquita, visitada por muçulmanos de todo o mundo para orar.
Todo muçulmano com condições físicas deve participar da cerimônia, conhecida como "haj", ao menos uma vez na vida. O evento, de cinco dias, só começa na sexta, mas dezenas de milhares de muçulmanos lotaram a Grande Mesquita para cumprir os mesmos rituais realizados pelo profeta Maomé 14 séculos atrás.
Uma série de atentados suicidas em Riad (capital saudita), que matou cerca de 50 pessoas, mais a invasão do Iraque pelos Estados Unidos, que deixou muitos muçulmanos furiosos, obrigaram as autoridades a intensificarem as medidas de segurança para a cerminônia na Arábia Saudita, um reinado pró-Ocidente.
– Estamos prontos para qualquer coisa que possa acontecer – disse o ministro do Interior do país, príncipe Nayef bin Abdul-Aziz depois de visitar Meca às vésperas do evento.
Segundo diplomatas, o governo saudita está muito preocupado com a possibilidade de o festival, marcado nos anos anteriores por tumultos e acidentes, se transformar em um alvo para atentados ou ser usado por ativistas para entrarem no reinado. Mas a violência era a última coisa na cabeça dos vários milhares de fiéis presentes na Grande Mesquita.
– Estamos no lugar mais seguro da Terra e nas mãos de Deus. Tenho certeza de que Deus nos protegerá dos terroristas – afirmou uma egípcia que participava da peregrinação pela primeira vez.
As informações são da agência Reuters.
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