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Bush corta programas mas prioriza área militar em orçamento

Enfrentando um déficit recorde de US$ 521 bilhões em um ano eleitoral, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush vai propor um orçamento de US$ 2,4 trilhões na segunda, dia 2. Ele pretende cortar dezenas de programas, reduzir alguns benefícios fiscais a empresas e estabelecer metas de redução de déficit que são motivo de ceticismo mesmo entre republicanos.

Enquanto prevê aumento nos gastos com a segurança interna e as forças armadas – principais alicerces de sua campanha de reeleição – o orçamento do ano fiscal 2005 que Bush enviará ao Congresso limitará em 0,5% o acréscimo nos gastos em outras áreas. O ano fiscal norte-americano começa em outubro.

Por ser abaixo do índice de inflação, essa taxa representará na verdade um corte em programas do governo. Espera-se que programas de meio ambiente, agricultura e energia sejam os mais atingidos pela proposta de orçamento, o mais austero desde o ano fiscal de 1993 – excluindo-se os gastos com defesa e segurança interna.

Democratas criticam o plano de Bush por pedir ao Congresso que torne permanente os cortes de impostos feitos em 2001 e 2003 a um custo de quase US$ 2 trilhões nos próximos 10 anos. Conservadores em matéria fiscal -e alguns republicanos moderados- também estão céticos sobre o plano.

Segundo legisladores republicanos responsáveis pelos fundos federais, mesmo um congelamento total dos gastos previstos por Bush reduziria o déficit a apenas US$ 3 bilhões.

Além disso, o orçamento de Bush não inclui o custo de manter soldados no Iraque e no Afeganistão. Segundo assessores no Congresso e analistas, somente isso acrescentaria US$ 40 bilhões ou mais no déficit de 2005.

Para atingir sua meta, afirmam os críticos, Bush vai contar com artifícios orçamentários desde a ampliação da definição de segurança interna para afastar os limites de gastos à proposta de uma extensão apenas temporária das provisões que impedem a elevação do imposto mínimo alternativo para milhares de trabalhadores da classe média.

As informações são da agência Reuters.


 
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