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O líder da oposição israelense, Shimon Peres, prometeu ajudar o primeiro-ministro Ariel Sharon a sobreviver a uma eventual revolta de aliados da coalizão críticos ao plano de retirada de assentamentos de Gaza.
– Estamos preparados para apoiar o governo, mesmo sem integrá-lo, contanto que ele esteja no caminho da paz – afirmou Peres na noite dessa terça, dia 3, após o Partido Trabalhista ter votado por mantê-lo como presidente até 2005.
Os trabalhistas apoiariam Sharon, líder do direitista Likud, no Parlamento, caso os partidos favoráveis aos colonos tentassem derrubá-lo por conta do dramático plano de retirar 17 dos 21 assentamentos judaicos da Faixa de Gaza. O primeiro-ministro palestino, Ahmed Korie, descreveu a proposta de Sharon como "boa notícia" e pediu para Israel deixar toda a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, regiões onde os palestinos querem formar um Estado.
Assessores de Sharon e Korie planejavam mais negociações na quarta para marcar um encontro entre os dois líderes. Eles não se reúnem desde que Korie assumiu o cargo, em novembro, mas sua resposta positiva ao plano de Sharon pode melhorar a atmosfera para conversas. Sharon surpreendeu aliados e adversários na segunda, quando divulgou detalhes de uma retirada de Gaza, onde 7,5 mil colonos ocupam 21% do território, sob forte proteção de regimentos do Exército entre 1,3 milhão de palestinos.
– Eu sei que é difícil, mas tomei esta decisão – disse Sharon.
Segundo ele, a retirada levará de um a dois anos e incluirá remoção de três dos mais de 120 assentamentos da Cisjordânia. O ministro das Relações Exteriores israelense, Silvan Shalom, declarou que a atitude Sharon pode acabar com a coalizão e levar a eleições antes do final do governo, em 2007.
As informações são da agência Reuters.
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