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O plano do primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, para desativar assentamentos judaicos na Faixa de Gaza parece ter melhorado a popularidade dele em Israel, segundo pesquisa divulgada nesta sexta, dia 6, em meio a um escândalo de corrupção que pode abreviar seu mandato.
A pesquisa do popular jornal Maariv, feita depois que Sharon anunciou o plano, na segunda, mostrou que 39%o dos entrevistados estão satisfeitos com o desempenho dele como primeiro-ministro. Na semana anterior, apenas 33% tinham essa opinião, o número mais baixo desde que Sharon assumiu o governo, em 2001.
– Na semana passada, quando o apoio a Sharon chegou ao fundo, previmos que seus assessores de imprensa apareceriam com uma suculenta iniciativa diplomática para tirá-lo do aperto (com os promotores) e da depressão nas pesquisas – comentou o Maariv.
Sharon, antigo defensor dos colonos instalados nos territórios conquistados em 1967, nega que tenha apresentado o plano de desocupação para desviar a atenção do escândalo. A pesquisa do Maariv mostrou que 52% dos israelenses estão de acordo com a desocupação de todos os 21 assentamentos da Faixa de Gaza. Outros 36% são contra.
Sharon propôs desativar 17 daqueles assentamentos e disse que vários outros serão eliminados na Cisjordânia se ele levar adiante o seu plano unilateral. O chanceler palestino, Nabil Shaaht, defendeu que, depois de desativar os assentamentos em Gaza, Israel faça o mesmo na Cisjordânia, onde há cerca de 120 enclaves.
– Buscamos uma retirada abrangente sob a qual as forças palestinas de segurança serão totalmente responsáveis por implementar o estado de direito – disse Shaath.
Segundo a pesquisa do Maariv, que ouviu 603 pessoas e tem margem de erro de quatro pontos, 58% dos israelenses apoiariam a desativação de assentamentos isolados da Cisjordânia; 31% se opõem. Na quarta, Sharon disse que está disposto a realizar um referendo sobre os assentamentos de Gaza, onde 7,5 mil judeus vivem entre 1,3 milhão de palestinos.
A pesquisa foi publicada um dia depois de Sharon passar duas horas e meia sendo interrogado pela polícia. De acordo com fontes ligadas ao caso, ele declarou que desconhecia os negócios de seu filho Gilad com um empresário acusado de tentar subornar Sharon quando ele era chanceler, na década de 1990.
Os jornais israelenses publicam informações conflitantes sobre a possibilidade de Sharon vir a ser indiciado. Caso isso aconteça, ele deve renunciar, segundo analistas. Sharon, de 75 anos, nega qualquer irregularidade e promete permanecer no cargo até o final do seu mandato, em 2007.
As informações são da agência Reuters.
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