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O Haiti aguardou na segunda, dia 9, uma reação do governo à rebelião armada, e uma rádio local informou que havia confrontos entre partidários e oponentes do presidente Jean-Bertran Aristide nas ruas da cidade de Saint Marc. Os reveldes já tomaram 11 municípios do país. O grupo político de oposição se reunia para decidir se se alinha ou não aos rebeldes armados, que controlam as cidades de Gonaives e Saint Marc, ao norte de Porto Príncipe, e Grand Goave e outras cidades, a sudoeste. Pelo menos 40 pessoas morreram nos confrontos entreintegrantes da Frente de Resistência Revolucionária de Artibonita (FRRA) e forças de segurança desde a retomada das manifestações, na semana passada.
A rádio haitiana disse que houve confrontos armados em Saint Marc, uma cidade que fica entre a capital e a quarta maior cidade do país de 8 milhões de habitantes, Gonaives. A polícia tentou em vão, no sábado, dia 7, retomar o controle de Gonaives. A revolta é o desafio mais concreto enfrentado por Aristide em meses de protestos.
Não foi possível confirmar as batalhas de rua entre partidários do presidente e rebeldes, que no sábado expulsaram a polícia dali e no domingo ergueram um labirinto de barricadas e saquearam o porto. Líderes de enclaves pró-governo disseram estar "fortificando" suas cidades contra os ataques dos rebeldes.
– É um conflito armado agora. Não é brincadeira – disse Guy Delva, secretário-geral da Associação de Jornalistas Haitianos.
As tensões políticas chegaram ao auge no país mais pobre das Américas quando um grupo armado, que já foi ligado ao presidente, tomou Gonaives, a cidade onde o Haiti declarou sua independência em 1804, após escravos derrotarem o Exército de Napoleão. Aristide, um ex-padre já festejado como um herói da frágil democracia haitiana, agora é acusado de corrupção e repressão política violenta.
Dezenas de pessoas morreram nos últimos meses durante confrontos entre manifestantes antigoverno e partidários de Aristide. O governo culpa a oposição pela violência e diz que ela representa uma elite mulata que se opõe ao domínio da maioria negra. Aristide garante que vai cumprir seu segundo mandato, até 2006.
As informações são da agência Reuters.
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