| 12/04/2001 09h41min
O presidente Fernando Henrique afirmou, em entrevista veiculada nesta quinta-feira pela Rádio Gaúcha, que os níveis de corrupção no setor público já estão sendo reduzidos. Ele disse que os casos recentes de irregularidades na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) estão sendo investigados há aproximadamente cinco anos, e só vieram a público por vontade do próprio governo federal. FH garantiu que, por haver maior transparência, existe a sensação de que a corrupção está maior, e lembrou que já havia determinado o fechamento do órgão antes mesmo das últimas denúncias. Na opinião do presidente, devem ser modificadas as estruturas que facilitem a corrupção. Fernando Henrique disse ainda que a demora na aprovação da reforma tributária não é culpa do governo federal, mas sim dos lobbies formados no Congresso a partir do envio de projetos para apreciação. O presidente também negou que tenha convidado o ministro da Fazenda, Pedro Malan, a ingressar no PSDB, com o objetivo de concorrer nas eleições de 2002. Segundo FH, Malan não demonstrou disposição em participar da disputa. Sobre a posição do Brasil na última Cúpula das Américas, Fernando Henrique se disse totalmente favorável ao avanço social, sem o qual “um país não pode negociar livremente”, mas isso não pode ser pretexto para que sejam impostos bloqueios comerciais. O presidente declarou que as relações do Brasil com a União Européia, com o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) e com o Mercosul não são excludentes umas às outras, merecendo igual atenção. Ao comentar as atividades do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) próximo à fazenda de seus filhos em Buritis (MG), Fernando Henrique disse que o grupo faz “chantagem”, por fazer pressão em uma fazenda que é, segundo ele, pequena e produtiva. O presidente disse ainda que os sem-terra querem chamar a atenção. – Isto é uma técnica política, e não uma técnica de reivindicação social – afirmou. FH também se disse contrário à criação de um novo Estado a partir da Metade Sul do Rio Grande do Sul, como desejam alguns setores, alegando que o governo federal e as regiões gaúchas mais desenvolvidas devem criar condições do Sul crescer.
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.