| 19/02/2004 19h30min
O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro encaminhou nesta quinta, dia 19, um pedido à Justiça Federal pedido para a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico do ex-assessor da Presidência da República Waldomiro Diniz.
O pedido, encaminhado à 5ª Vara da Justiça Federal do Estado, está baseado na investigação feita pela Polícia Federal em 2001 sobre a ligação da Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj) e os bingos. O período pedido para a quebra de sigilo é entre 2001 e 2002, quando Waldomiro presidiu a Loterj.
– Diante desse novo fato, que é público e notório, a medida se faz necessária nessa outra investigação sobre bingo – disse o procurador José Augusto Vagos.
Uma reportagem da revista Época mostrou que Waldomiro foi flagrado em fita de vídeo pedindo dinheiro a um bicheiro para si próprio e para a campanha de candidatos a governos estaduais em 2002.
– Pretendo continuar investigando, apesar das
dificuldades impostas à repressão ao jogo clandestino, às
atividades dos empresários do bingo e agentes públicos ligados a ele – disse Vagos.
Existem suspeitas sobre a concessão de licenças para abertura de bingos no Rio. No ano passado, o MP conseguiu na Justiça Federal uma liminar que determinava o fechamento de todos os bingos no Estado, mas uma semana depois o ministro Marco Aurélio de Mello, do Supremo Tribunal Federal cassou a liminar.
– Legalizar o jogo na atual conjuntura significa entregar aos corruptores a sua exploração, ou seja, o mesmo que entregar aos traficantes o alvará para as suas atividades – acrescentou Vagos. Enquanto isso, o governo federal planeja regulamentar o funcionamento de bingos e loterias.
Com informações da agência Reuters.
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