Cerca de cem militares do 14º Regimento de Cavalaria Mecanizada (RCMec), de São Miguel do Oeste, no oeste catarinense, desembarcaram nesta quarta-feira na fronteira do Estado com a Argentina. Por volta da 1h, foram montadas duas bases operacionais, em São José do Cedro, a três quilômetros da fronteira entre Santa Catarina e a Argentina, e Itapiranga, a cinco quilômetros. Segundo o comandante do 14º RCMec, coronel Luiz Felipe Kramer Carbonell, a partir destas bases estão sendo deslocadas patrulhas móveis com cerca de 20 viaturas. O trecho vigiado será de 80 quilômetros ao sul da comunidade de Padre Reus até Paraíso, e de Paraíso até Itapiranga. A ponte de Paraíso e o município de Dionísio Cerqueira não serão monitorados pelo Exército. Segundo o coronel Carbonell, nestas regiões a fiscalização deverá ficar a cargo da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrário de Santa Catarina (Cidasc) e da Polícia Militar. Já o Exército ficará responsável pelas áreas de acesso mais acidentado e de vigilância mais difícil, onde há maior probabilidade de passagem de animais clandestinos. Além das viaturas nas estradas, equipes farão patrulhamento a pé nas margens do Rio Peperi-Guaçu, fronteira natural do Estado com a Argentina. Uma segunda linha de barreiras será montada em estradas do Interior, numa faixa que vai até 30 quilômetros da fronteira. Segundo o coronel, a operação deve se prolongar o tempo que governo catarinense, que solicitou a presença do Exército, considerar necessário.