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Tribunal suspende construção de parte de muro israelense

Suprema Corte determinou parada de uma semana na obra

A Suprema Corte de Israel decretou neste domingo, dia 29, que a construção de parte de um polêmico muro na Cisjordânia fosse suspensa por uma semana, enquanto estuda um apelo feito por palestinos de oito vilarejos perto de Jerusalém afetados pela barreira. O ministro da Defesa israelense, Shaul Mofaz, disse esperar que o tribunal permita que a construção da barreira continue "porque ela provou ser muito útil para deter os terroristas suicidas".

Os palestinos dizem que o projeto de arame e blocos de concreto, que invade o território ocupado na Cisjordânia, uma obra que agora está sob escrutínio da Corte Internacional de Justiça, apodera-se de terras para evitar um Estado palestino viável.

Um painel de juizes israelenses, decidindo sobre petições feitas por oito vilarejos palestinos no norte de Jerusalém, ordenou que o governo suspenda a construção de um pequeno segmento da barreira até que a questão seja discutida na próxima semana. Os aldeões dizem que os 10 quilômetros da rota planejada iriam prejudicar 30 mil palestinos, separados de seus parentes e de seus locais de trabalho.

O premiê israelense, Ariel Sharon, enviou representantes para Washington para buscar apoio dos Estados Unidos para seu plano de "isolamento" dos palestinos após três anos de violência. Sharon quer que seus enviados, o assessor Dov Weisglass e o conselheiro de segurança Giora Eiland, preparem o caminho para sua visita à Casa Branca no próximo mês, disse uma fonte política.

Sharon propõe retirar a maior parte dos 7,5 mil colonos judeus que vivem em enclaves super protegidos na Faixa de Gaza e estabelecer uma nova linha de segurança na Cisjordânia, o que os palestinos temem que vá levar a uma anexação de blocos de assentamentos.

Mais de 200 mil colonos judeus vivem em meio a 2 milhões de palestinos na Cisjordânia, área que Israel capturou, junto com Gaza, na guerra de 1967. O apoio americano para as medidas unilaterais de Israel poderia ser um incentivo a Sharon se os partidos pró-colonos deixarem sua coalizão. A manifestação dos EUA em favor das medidas israelenses poderia ajudar o premiê israelense a forjar uma nova aliança com o principal partido da oposição, o Trabalhista, e fazê-lo ganhar em um referendo nacional sobre a retirada de Gaza.

As informações são da agência Reuters.


 
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