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Paquistão nega acordo com EUA para caçada a Bin Laden

New Yorker disse que centenas de soldados seriam enviados à região fronteiriça

O Paquistão negou nesta segunda, dia 1°, a informação de que tenha chegado a um acordo com os Estados Unidos para permitir que soldados norte-americanos procurem Osama bin Laden em seu território. A mais recente edição da revista semanal New Yorker disse que centenas de soldados norte-americanos seriam enviados à área perto da fronteira com o Afeganistão.

O acordo seria, segundo a publicação, uma compensação paquistanesa ao silêncio de Washington no episódio envolvendo o cientista do Paquistão Abdul Qadeer Khan, que admitiu no mês passado ter vendido segredos nucleares ao Irã, Líbia e Coréia do Norte.

– Entramos com as nossas tropas no Paquistão e em troca não obrigamos (o presidente Pervez) Musharraf a lidar com Khan – disse um ex-agente da inteligência norte-americana descrevendo o eventual acordo na reportagem.

– Essa reportagem não é verdadeira e não existe nenhum acordo – disse o porta-voz do Exército, major-general Shaukat Sultan.

Ele declarou que não comentaria a informação de que os Estados Unidos planejavam transferir uma unidade de elite que ajudou a capturar Saddam Hussein no Iraque para a caçada a Bin Laden.

– Se os EUA estão mandando uma unidade especial do Iraque para o Afeganistão, não posso comentar, mas nenhuma unidade está vindo para o Paquistão – disse.

Depois dos ataques de 11 de setembro de 2001, o Paquistão tornou-se um grande aliado dos Estados Unidos na guerra ao terror e prendeu centenas de suspeitos de ligação com a rede Al-Qaeda. Mas o país disse que nunca vai permitir que tropas estrangeiras entrem em seu território.

As informações são da agência Reuters.

 
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