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Uma loja israelense encontrou uma forma ousada de encorajar mulheres israelenses e palestinas a trabalharem juntas pela paz, colocando modelos para desfilar ao lado da polêmica barreira que Israel constrói na Cisjordânia.
– Na qualidade de mulheres, estamos tentando superar obstáculos várias vezes ao dia – disse Sybil Goldfinger, presidente da loja israelense Comme-il-faut, que transformou em uma passarela o canteiro de obras do muro.
– Oferecemos uma sugestão, ou uma esperança, de que as mulheres dos dois lados, que dão vida a esse mundo, juntem-se para dar um fim a essas mortes que ocorrem há muito tempo – concluiu.
As modelos, vestidas com roupas de verão, vieram da Eslovênia, da Rússia, da França e de Israel. Goldfinger disse ter tentado, sem sucesso, contratar modelos palestinas. Segundo Goldfinger, o contraste entre o muro cinza, de 8 metros de altura, e as roupas coloridas tinha por objetivo chocar os 15 mil espectadores e fazê-los pensar na realidade atual.
– Queríamos pegar a imagem da normalidade – moda, cores, otimismo – e colocá-la perto da anormalidade desse muro. Essa combinação de normalidade e anormalidade é a imagem de Israel – disse.
De acordo com o Estado judaico, a barreira, feita de muros de concreto e cercas de arame farpado, é necessária para manter afastados os terroristas suicidas, responsáveis pela morte de centenas de israelenses nos últimos anos. Para os palestinos, a obra não passa de uma manobra de Israel para apropriar-se definitivamente de terras que lhes pertencem.
Com informações da agência Reuters.
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