A Defesa Civil do Estado ainda calcula os prejuízos acumulados com os dois temporais de granizo que atingiram várias regiões do Estado nas últimas semanas uma semana. Estima-se que mais de cinco mil casas ficaram total ou parcialmente destruídas em 16 cidades catarinenses.

A primeira chuva ocorreu no dia 28 de fevereiro e atingiu principalmente as regiões do Planalto Norte e Extremo-Oeste. Na cidade de Porto União, mais de 3 mil casas foram destelhadas pelos ventos fortes. Em Anchieta, cerca de 400 residências ficaram destruídas com o temporal.

Uma nova frente fria provocou uma segunda pancada de chuva de granizo e ventos fortes que causaram prejuízos no Litoral, Vale do Itajaí e Oeste. Mesmo sem registros de pessoas desabrigadas, a Defesa Civil ainda aguarda informações provenientes dos municípios atingidos para mensurar os estragos.

Decretar situação de emergência é a forma mais rápida e menos burocrática que os municípios têm de garantir recursos em casos de catástrofes naturais como esta. No entanto, a informação divulgada na quinta, pela imprensa, de que algumas cidades da região do Vale do Itajaí estariam decretando situação de emergência em solidariedade aos municípios atingidos está deixando a Defesa Civil em alerta.

A decisão dos prefeitos do Vale foi tomada na quarta-feira, em reunião na cidade de Ituporanga, durante a realização da Festa Nacional da Cebola.

– Este é um problema que pode gerar outros ainda maiores. Decretar situação de emergência sem haver a real necessidade poderá acarretar problemas jurídicos aos municípios, inclusive com o Tribunal de Contas do Estado – destaca o major Mauro.

Segundo ele, a Defesa Civil também terá que alterar os procedimentos junto às cidades, o que atrasará a avaliação dos que necessitam de ajuda.

Com informações do Diário Catarinense.