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O ministro da agricultura, Roberto Rodrigues, anunciou a liberação de R$ 240 milhões para os produtores de arroz do Estado em Empréstimos do Governo Federal (EGFs) e Cédula de Produto Rural (CPR) e Linha Especial de Crédito (LEC) neste domingo, dia 7, durante a 14ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, na Granja Zanetti, em Santa Vitória do Palmar.
Rodrigues afirmou que os contratos de opção estarão regulamentados em no máximo 15 dias, dependendo apenas de avaliação do Ministério da Fazenda. Segundo o ministro, os produtores da Metade Sul poderão obter empréstimos, através do Banco do Brasil, já na próxima terça, dia 9.
Haverá ainda a adequação de R$ 84 milhões em créditos rurais, a partir de junho e com parcelamento em cinco vezes. O dirigente elogiou o trabalho da Câmara do Arroz, considerada como modelo para a criação de um fórum nacional de debate da cadeia orizícola. O ministro avaliou como exemplo a pesquisa e assistência ao produtor desenvolvidas pelo
Instituto Rio Grandense do
Arroz.
– O Irga tem feito um trabalho espetacular na agricultura gaúcha – afirmou.
O secretário gaúcho da Reforma Agrária e Cooperativismo, Vulmar Leite, em nome da Câmara Setorial do Arroz, entregou para Rodrigues reivindicações visando a sustentação de equilíbrio de preço do cereal no início da colheita. O primeiro pleito é a implantação imediata do Contrato de Opção Privado, no valor de R$ 32,79, com prêmio de R$ 3. O preço acordado para o saco de 50 quilos teria o primeiro vencimento em abril, com os produtores e a indústria reservando-se o direito de reavaliarem o valor referido quando da implementação do mecanismo, em razão das condições de mercado. O volume de opções seria de 1,2 milhão de tonelada e recursos de R$ 72 milhões.
O setor orizícola também solicitou a rotulagem do grão importado de mercados fora do Mercosul, com a identificação da origem do produto. A medida se deve a problemas sanitários ocorridos em escala mundial, caso da influenza aviária. O terceiro pedido foi a liberação de R$ 250 milhões em EGFs e CPR, além de R$ 100 milhões em LEC, destinados ao escoamento da safra.
Também estiveram presentes na cerimônia o secretário gaúcho da Agricultura e Abastecimento, Odacir Klein, e o vice-governador do Rio Grande do Sul, Antônio Hohlfeldt.
Hohlfeldt e Leite também assinaram os dois primeiros contratos de crédito fundiário no Rio Grande do Sul. O primeiro, no valor de R$ 650 mil, com recursos do Funterra via Banrisul, beneficia 15 famílias que adquiriram 392 hectares para produção de arroz. Outro contrato, com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), repassa R$ 291 mil para infra-estrutura básica e produtiva.
Klein aproveitou para apresentar a Rodrigues um relatório, com base em dados da Emater, sobre os prejuízos causados pela estiagem no Estado, com a ocorrência de perdas nas safras de soja, feijão e milho, a mais afetada e com maior impacto em diversas cadeias produtivas. Concordando com Klein, Rodrigues apontou que auxílio para o enfrentamento da seca será revelado após a conclusão de todos os levantamentos acerca do tema, provavelmente no término das principais colheitas.
Nesta safra, o Rio Grande do Sul colherá 5,9 milhões de toneladas de arroz, com projeção de rendimento médio de 5,75 toneladas por hectare.
– O Estado se orgulha de contribuir com 50% do arroz nacional, 25% do arroz da América Latina e 1% da produção mundial – anunciou Hohlfeldt.
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