| 08/03/2004 14h
A Igreja Católica deu um passo rumo à igualdade entre homens e mulheres ao nomear pela primeira vez teólogas como consultoras do Vaticano. O papa João Paulo II, cuja defesa de um clero exclusivamente masculino é criticada por liberais católicas, escolheu no final de semana as duas especialistas para integrarem o Comitê Teológico Internacional, um influente órgão de assessoramento do Vaticano.
O diário L'Osservatore Romano, da Igreja, publicou sem maiores comentários, no domingo, a lista com os novos membros do comitê, entre os quais a irmã Sara Butler, da Universidade de Santa Maria do Lago (EUA), e Barbara Hallensleben, da Universidade Fribourg (Suíça).
– Elas não foram escolhidas porque eram mulheres. Foram escolhidas porque são competentes. Isso é muito positivo e eu estou muito feliz. As mulheres podem usar sua sensibilidade para certos problemas onde os homens teriam um ponto de vista diferente – afirmou nesta segunda, dia 8, o cardeal Georges Cottier, principal teólogo do Vaticano e ex-presidente do comitê.
Um membro do Vaticano, que não quis ter sua identidade revelada, observou que "uma barreira caiu", mas que a época escolhida para adotar a medida não tinha relação com o 8 de março, Dia Internacional da Mulher. As nomeações colocaram Butler e Hallensleben entre as mulheres mais bem posicionadas da Igreja. Os homens detêm todos os altos cargos da Cúria (o aparato burocrático do Vaticano) e mulheres ocupam apenas alguns postos do escalão inferior.
Os cargos mais importantes desempenhados por mulheres dentro da Igreja Católica são o de chefe de ordens de freiras.
As informações são da agência Reuters.
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