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Israel anunciou nesta segunda, dia 8, que vai melhorar o treinamento dos soldados que trabalham nos postos de controle para atenuar os conflitos com palestinos, que vêm atraindo a atenção internacional com suas constantes reclamações de que são humilhados nestes locais.
Israel encheu os territórios ocupados de bloqueios de arame farpado e agora está construindo uma enorme barreira na Cisjordânia para tentar evitar uma série de ataques suicidas palestinos contra isralenses. Os palestinos acusam Israel de promover uma "punição coletiva" porque as medidas atingem uma população de 3,5 milhões de pessoas que, segundo eles, pouco têm a ver com a violência. Eles afirmam que o objetivo da barreira é anexar território, já que ela engloba os assentamentos judaicos.
O brigadeiro-general Baruch Spiegel, do Exército de Israel, afirmou que os postos de controle nas estradas vão ter uma atuação melhor com o início de um treinamento especial para os soldados, que inclui questões humanitárias, e com a instalação de nova tecnologia para acelerar os procedimentos de segurança. Além disso, o Exército vai evitar mandar para esses postos, principalmente nos locais de maior tensão, soldados "muito novos e inexperientes", dando preferência a oficiais da reserva e pessoas que falem arábe.
A iniciativa, que vai ser implantada em breve em sete postos de controle de estradas, se centrará em evitar que civis ou mercadorias sejam retidos sem causa aparente, além de facilitar o trânsito de ambulâncias ou de qualquer pessoa que precise de cuidados médicos.
– A idéia é encontrar um equilíbrio melhor entre o dia-a-dia, a liberdade de movimentação e questões humanitárias, de um lado, e a luta contra o terrorismo, de outro – acrescentou Spiegel.
Muitos países, inclusive o maior aliado de Israel, os Estados Unidos, emitiram críticas ao tomar conhecimento de imagens de TV de pessoas obrigadas a esperar horas para atravessar um posto de controle e entrar em Israel para trabalhar ou para receber cuidados médicos.
– A necessidade de mudança é muito urgente, porque parecemos terríveis – disse Ayala Zussman, integrante de um grupo de mulheres israelenses que monitora a atuação de soldados em postos de controle.
Ela disse ter presenciado, no domingo, 25 palestinos serem obrigados a ficar imóveis, olhando para a parede, por quase cinco horas, enquanto seus dados eram confirmados. Ela também questionou a necessidade de revistar as mochilas escolares de crianças palestinas.
– Estou falando de pequenas coisas que se acumulam. Estamos falando de crianças que depois viram suicidas, de tanto ódio. Esperamos que haja mudanças. Queremos vê-las – afirmou.
Com informações da agência Reuters.
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