| 08/03/2004 20h53min
Embora o quadrangular final do Campeonato Catarinense comece apenas no próximo domingo, a briga entre os classificados teve início já nesta segunda, dia 8, depois que a diretoria do Figueirense protocolou, no Conselho Superior de Segurança Pública e Defesa do Cidadão, pedido de novas vistorias nos estádios que vão receber os jogos das finais.
No documento protocolado pelo vice-presidente executivo João Batista Baby, o alvinegro citou o tumulto ocorrido em Itajaí após o jogo Marcílio Dias 0 x 5 Figueirense e pediu reavaliação nas condições de segurança dos estádios, tomando por base o Estatuto do Torcedor.
– A preocupação básica é proteger a torcida do Figueirense e as demais torcidas – disse Baby.
A atitude, no entanto, não foi bem recebida pelos dirigentes dos outros três classificados: Atlético de Ibirama, Chapecoense e Guarani. Para o Bugre de Palhoça, primeiro adversário do Figueira na fase final, foi uma atitute infeliz.
– Foi uma atitude infeliz do Figueirense. A posição do Guarani já foi tomada. Nós estamos tranqüilos. Desde o início do campeonato, sempre jogamos no nosso estádio e vamos continuar jogando na nossa casa – disse o presidente do clube, Dauri Borges.
O dirigente afirmou também que as vitorias já foram feitas.
– O estádio foi liberado no início do campeonato por todos os órgãos competentes – disse.
Segundo Dauri Borges, no Estádio Renato Silveira não há falhas de segurança e todas as medidas cabíveis, como isolamento da torcida adversária, policiamento e saída orientada dos torcedores, têm sido tomadas desde o primeiro jogo no Estadual.
A confiança é tamanha na liberação do estádio que a direção está estudando a possibilidade de ampliar a capacidade de público do Renato Silveira para sete mil pagantes. Atualmente, cabem 6 mil.
– Não temos nada a ver com o que aconteceu em Itajaí e estamos pagando por isso – afirmou o presidente do Bugre.
A resposta do presidente da Chapecoense José Paraíba Telles foi no mesmo tom. Para ele, o Estádio Índio Condá não necessita de nova vistoria porque já foi aprovado pela Federação Catarinense de Futebol (FCF) e órgãos de segurança.
– Nós temos policiamento adequado e estamos atendendo todas as exigências do regulamento – afirmou.
Telles considerou que não há necessidade de o Figueirense fazer novas exigências, pois em Chapecó não houve registro de ocorrências graves durante a primeira fase do Estadual. Mesmo assim o dirigente garantiu que haverá reforço no policiamento, como já ocorreu no jogo contra o Guarani.
O Atlético de Ibirama também fez coro com Guarani e Chapecoense. A diretoria do clube não viu motivos para o Figueirense entrar com o pedido. Para o clube de Ibirama, a segurança não se limita apenas ao estádio. É sobretudo garantida pelo policiamento. E nisso, disse o presidente Ayres Marchetti, Ibirama está bem servida.
– Cada clube deve procurar ter segurança máxima para desenvolver o esporte e isso nós temos feito. Nós entendemos que a segurança não é só o estádio que dá, mas o policiamento. E em Ibirama o policiamento é muito bom. Nunca tivemos problemas com a segurança e estamos tranqüilos que estamos oferecendo uma boa segurança – afirmou.
Para o dirigente, além do policiamento estar preparado e do estádio ter segurança, os torcedores do Atlético são educados, calmos, e zelam pelo espetáculo em campo.
– Nossa torcida é educada e não temos problema de confusão. Eu acho que cada clube deve se preocupar em dar segurança em seu estádio – disse Marchetti.
As informações são da CBN/Diário, Diário Catarinense e Jornal de Santa Catarina.
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