Cerca de 300 policiais federais de Santa Catarina aderiram à greve nacional da categoria. Apenas os delegados e um dos 18 peritos não pararam de trabalhar nesta terça, dia 9.

Aposentados e pensionistas foram chamados para participar do movimento, que montou uma tenda em frente ao prédio da Polícia Federal em Florianópolis.

Pela manhã os policias realizaram uma cerimônia de devolução simbólica das armas, em protesto à defasagem do armamento do efetivo.

Em Joinville, no norte do Estado, e Itajaí, no litoral norte catarinense, os delegados assinaram um manifesto em favor das reivindicações dos grevistas, mas não param de trabalhar.

Serão mantidos apenas os serviços do Aeroporto Internacional Hercílio Luz, na Capital, os plantões da superintendência e das delegacias e os serviços de imigração em Dionísio Cerqueira, na divisa com a Argentina.

A informação é do presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Santa Catarina, Edson Tessele, em entrevista à rádio CBN/Diário nesta terça, dia 9.

– Nos casos de imigração, os serviços serão mantidos com operação padrão. A adesão à greve é total – disse Tessele.

O presidente do sindicato disse que é necessária uma gratificação para os servidores administrativos, pelo risco que correm no exercício das suas funções, mesmo não sendo policiais.

– A paralisação é também pelo cumprimento da lei que determina o pagamento adiantado das diárias aos servidores que viajam, e não três ou quatro meses depois, e o pagamento dos fornecedores, para que tenhamos melhores condições de trabalho – afirmou Tessele.

O policial cobra um concurso público para o preenchimento de 1,5 mil vagas na área administrativa para que se liberem para a investigação aqueles policias que atualmente estão em atividades burocráticas.

O departamento de passaporte não está fechado, segundo o sindicalista, mas uma triagem está sendo realizada, sendo atendidos os casos de urgência, inclusive para estrangeiros.

As informações são da rádio CBN/Diário e RBS TV.