| 25/04/2001 09h10min
O rombo na Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) chega a R$ 2,2 bilhões, superando em R$ 500 milhões os recursos desviados da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). A informação consta do relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor), que será apresentado nesta quarta-feira. As fraudes na Sudam somam até agora R$ 1,7 bilhão. Segundo o relator adjunto da CPI do Finor, deputado José Pimentel (PT-CE), parte do dinheiro desviado da Sudene não será recuperada, porque o prazo de punição dos responsáveis já venceu, além de uma alteração feita no ano passado por medida provisória. – Se o governo não tivesse baixado essa MP, não estaria anistiando todos os ladrões do Finor – disse Pimentel. O relatório do deputado Múcio Sá (PMDB-RN) constata irregularidades semelhantes às da Sudam: notas fiscais frias, projetos superfaturados ou desvio de finalidade dos recursos. Segundo o texto, o órgão aprovou, desde 1974, 3.052 projetos, sendo que 531 são irregulares e responsáveis pelo déficit de R$ 2,2 bilhões – valor corrigido pelo IGP-DI (índice de inflação da Fundação Getúlio Vargas usado para atualizar as contas públicas). Desse total, apenas 17% estão sendo cobrados judicialmente.
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