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Israel precisa de garantias dos Estados Unidos de que apoiarão a anexação dos assentamentos judaicos da Cisjordânia após a retirada unilateral da Faixa de Gaza, disseram fontes políticas nesta sexta, dia 12. O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, diz que o objetivo de seu plano é acabar com o conflito na região, mas os palestinos o acusam de querer anexar terras previstas para a fundação de um Estado palestino, algo garantido no plano de paz patrocinado pelos EUA.
Enviados do governo norte-americano realizaram um segundo dia de negociação com assessores de Sharon para discutir a questão. Os EUA parecem dispostos a apoiar a retirada da Faixa de Gaza, mas não querem o abandono do plano de paz ou dos esforços de se firmar uma paz negociada na região.
Os enviados da Casa Branca e do Departamento de Estado norte-americano também se reuniram com o ministro palestino das Negociações, Saeb Erekat. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Silvan Shalom, disse, após reunir-se com os norte-americanos, que o governo do presidente George W. Bush parecia estar aproximando-se do plano de Sharon após um período de hesitação. Segundo o chanceler, Sharon não pretendia agir se não recebesse apoio claro dos EUA.
– Este apoio não significa apenas um sim da parte dos americanos. Também queremos outras coisas em troca, algo que discutimos com os enviados dos EUA hoje – disse Shalom, sem dar maiores detalhes.
Segundo membros do governo, o premiê só conseguiria vencer a resistência de parte de seu gabinete à desocupação da Faixa de Gaza se a manobra viesse acompanhada da anexação de grande parte da Cisjordânia. Fontes políticas disseram que Sharon quer anexar três grandes grupos de assentamentos na Cisjordânia com a barreira que está erguendo na região. A barreira é justificada como uma maneira de deter os suicidas.
– Para nós, é uma questão de fazer os norte-americanos aceitarem que certos blocos de assentamentos da Cisjordânia precisam ser parte de Israel no futuro, assim como os bairros de Jerusalém são parte integrante da parte judaica de Jerusalém – afirmou um integrante do governo.
Autoridades palestinas dizem que Sharon está determinado a reduzir qualquer eventual Estado palestino a uma entidade truncada e fraca com a barreira.
As informações são da agência Reuters.
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